Nada, Coitada...
Nada, Coitada
Coitadinha,
Tão fraquinha, pequenininha, magrinha,
Tanto medo, insegurança, desespero,
Infelismente ela nao sabe tudo oque eu vejo,
Por traz desse infeliz desterro,
Oque por tras de tudo isso se esconde.
Anda todo dia, para o mesmo lugar,
Levanta, escova os dentes, toma cafe,
Sai pra trabalhar,
E trabalha,
E come,
E dorme,
E levanta,
E se vai,
Sempre para o mesmo lugar
Sem nunca imaginar,
Oque mais há,
E na verdade não há,
Nada pra ela nesse lugar...
Como se enfia na cabeça de uma pessoa,
que nada ela pode,
que nada mereçe,
que nada ha para ela,
a não ser o nada,
que não é nada,
pra quem não tem nada,
não ve nada
e não quer nada...
Nem levantar, nem escovar os dentes,
Nem tomar cafe ou se vestir,
Nem trabalhar, nem sair, nem se divertir,
Nada, nada, nada,
Coitada,
Nada, nada e morre na praia...
E voce insistentemente lhe fala,
- Se anime, acredite,
- Invente, tente, faça algo diferente,
-Parta para outra com coragem,
-Errar sempre faz parte,
-Desistir como um covarde, não,
-Esse realmente e o grande desastre...
E suas palavras ricocheteam como um pequena pedra de brita
Atirada contra um imenso muro de concreto,
Cai no chão e fica ali esquecida,
Uma ideiazinha abandonada,
E um gordo sujeito passa na calçada,
E todo dia a chuta para longue,
E a pequenina pedra, ideia,
Fica cada vez mais distante...
E seu tormento nunca se acaba,
Coitada,
Nada, nada e morre na praia...
Daniel Dobbin oooo Louco
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