quinta-feira, 11 de março de 2010





Entrecortando os becos e vielas da maravilhosa cidade,
Minha cidade maravilhosa, (Sua cidade maravilhosa)
Circula o mal,
E não é o nosso maldito mal de cada dia,
As noites têm se tornadas mais escuras com a passagem dos anos e das ondas,
As drogas se tornam mais pesadas e o sexo mais vil e tediosamente maculado pelas funcionalidades do capitalismo,
A religião se torna o lar dos degenerados e perversos,
Não encontram deus dentro de si mesmos, contemplam seu próprio diabo dentro de suas almas fraturadas e quebradiças,
Tudo se encontra aqui, o paraíso de pervertidos, pedófilos e maníacos de todo o tipo,
Hoje, eles vivem ao nosso lado, logo ali,
Simples assim,
E os miseráveis, bastardos de todos os tipos se rastejam por trás de muros cada vez mais grossos,
E agora temos o crack, arruinando todas as promessas desses meninos sem futuro,
Destinados a se tornar vermes, serem comidos por traças,
E deles só restarem papeis picados,
Desolação...
Sacos vazios, se enchem de batatas,
Por segundos aspiram o cheiro do luar,
Sacos vazios, cheios de musgo,
As esquinas cada vez mais abarrotadas de promessas falsas e ópios para os tédios programados por “não sei quem”
E elas são cada vez mais jovens,
E eles são cada vez mais jovens,
E Aonde existiam sonhos,
Onde deviam viver os sonhos,
Onde deveria existir um jardim,
Todas as flores secaram e morreram,
Os troncos foram constantemente esmurrados e queimados,
Foram completamente abandonados e feridos,
Ate tornarem-se cacos,
Areia,
Poeira no beco,
Olhos vidrados, noites insones, famílias destroçadas, DOR
Fogo cruzado,
Angustia, dilacerada no seio da sociedade,
Sacos de batatas aspirando a macula milagrosa,
Proferida em forma de mídia, de fabula, de vida,
Pó mesmo, largado em cima de um móvel,
Solidão ao lado de um lenço, a companhia de um guardanapo,
E a estabilidade,
Cada vez mais a vil estabilidade,
Jogamos na loteria,
Assistimos o BBB,
E esperamos,
Perder ou ganhar
Passar pelo fogo cruzado
E passar pelo fogo cruzado,
E fechar os olhos...
Sem sombra de duvida fechar os olhos...