sexta-feira, 30 de abril de 2010

AMANHA TEM A MARCHA DA MACONHA!!! QUEM VAI?




No passado fim-de-semana houve um encontro entre a comissão organizadora da Marcha Global da Marijuana de Lisboa e uma delegação da ENCOD* de visita a Portugal. Deste encontro, e enquanto resultado das ideias que partilhamos, fizemos o seguinte comunicado conjunto:

1. A proibição das drogas deve ser reconhecida como uma violação dos direitos humanos. A proibição é uma abordagem injusta e desnecessariamente paternalista, que deixa a regulamentação das drogas nas mãos de máfias. A proibição causou e continua a causar enormes danos à escala global, enquanto os resultados positivos obtidos foram nulos ou insignificantes. As convenções internacionais sobre drogas não podem continuar a servir como base para políticas nacionais, e muito menos para internacionais. O “sistema de controlo de drogas” global deve ser substituído por políticas de droga nacionais. Estas serão seguramente desenvolvidas numa estreita consulta e cooperação entre países vizinhos.

2. As convenções internacionais sobre drogas nunca tiveram bases científicas. O seu principal pressuposto é de que a proibição irá diminuir significativamente o consumo de drogas e o comércio de substâncias “controladas”. Tornou-se claro que este pressuposto é falso. Não há necessidade de temer uma explosão do consumo depois da regulamentação do mercado de drogas. As experiências na Holanda (com o acesso descriminalizado à canábis) e em Portugal (com a descriminalização geral do consumo e da posse para consumo) confirmam-no.

3. Os consumidores não devem ser perseguidos e a regulamentação deve estar na agenda política.

* A delegação da ENCOD era composta por Joep Oomen, Secretário Geral da Encod e Frederick Polack (Holanda-Amesterdão), Jorge Roque (Portugal), Marisa Felicissimo (Belgica-Bruxelas), Pedro Quesada (Espanha) do Comité Executivo.

Retirado do site, http://blog.marchadamaconha.org/

quarta-feira, 28 de abril de 2010





Entre pedaços de papeis partidos,
Vou tecendo o meu destino,
Ando, corro, pulo,
E canso,
Com os pés calejados
Peço descanso,
Tão tonto que não sei mais por onde ando,

Detesto acordar com esse gosto amargo na boca,
Me faz lembrar de quando a vida era mais leve
E o ar menos denso,
Quando a única coisa capaz
De deixar meu dia tenso,
Era o amor,
Em quem eu ainda penso.

Tudo podia ser tão mais fácil, é vero,
Mas são tantas magoas e desilusões,
Que meu coração não é mais sincero,
Minha alma se emudeceu de tão forma,
Que mesmo eu que estou tão perto dela
Não escuto mais nada,
A não ser gemidos e soluções,
E me pergunto como pode,
Lá fora estar tão claro,
E aqui dentro tão escuro...

Nunca desistir, Nunca se render,
Nunca se arrepender,
Era tão bom ter 15 anos e achar que nunca se arrependeria de nada,
E era tão bom ter 19 anos e achar que o amor era a resposta pra tudo.
E como dizem para as crianças,
Uma hora você tem que aprender a obedecer,
Uma hora tem que aprender a desistir,
Uma hora tem que aprender a se render,
E que nesse planeta o amor não vale um trocado,
ou um cuzcuz,
Aprender a esconder o seu amor, ou a diminuí-lo,
Pois conviver com ele pode lhe tornar louco,
Ou fazer sua vida acabar,
Em uma cruz.