terça-feira, 3 de novembro de 2009






Muitas vezes me perdi pelo mar,
Com o ouvido cheio de flores recém cortadas,
Com a língua cheia de amor e de agonia,
Com o coração repleto do nectar da inocência,
Muitas vezes me perdi pelo mar,
Como me perco no coração de uma menina.

Porque as rosas buscam em frente,
Uma dura paisagem de osso,
E as mãos dos homens não tem mais sentido,
Que arrancar as raízes sob a terra,
Como me perco no coração de uma menina...

Perdi-me muitas vezes pelo mar
Ignorante da água
Vou buscando uma morte de luz que me consuma...

Perdido sempre fui,
Mas você plantou flores no vaso da minha alma,
E você mesmo as colheu!
Colheu não, arrancou,
Até as raízes foram reviradas,
Sobrou o rancor,
Sobraram farpas,
Sobrou terra,
Terra carente de luz,
Terra carente de flores,
Terra carente de ti.

1 comentários:

Aloha Xavier disse...

Que bonitinho! Quase chorei..rsrs!

*emocionada*