terça-feira, 1 de dezembro de 2009

एड. क्रूज़ ED. CRUZ CREDO PARTE 3 - A FUGA

ED. CRUZ CREDO PARTE 3 - A FUGA


Os pássaros polacos cantavam.
O sol iluminava a manhã, mas fazia frio em Ghartashh Beta Alfa Omega 3.
Na verdade era uma manhã de 3 sois, mas como dois deles eram azuis e um estava funcionando apenas a meia potência era como se só existisse um. Na verdade, os Ghartashhinianos há séculos haviam esquecido os nomes de dois dos três sois, e passaram a vê-los como apenas um. Claro que às vezes cria um pouco de confusão o fato de o Sol ora estar com um pedaço aqui, outro ali... mas eles se acostumaram e hoje em dia quase não se comenta mais o assunto. E Quando alguém começa a fazer perguntas indevidas acaba como todas as pessoas que fazem perguntas indevidas em qualquer lugar da galáxia.
Voltando para a rua...
Os pássaros polacos cantavam
O Sol, que na verdade eram três, iluminava a manhã, mas fazia frio em Ghartashh Beta Alfa Ómega 3.
Era manhã de domingo, e haviam poucos Ghartashhinianos nas ruas. Um ser branco, pálido, de cabelos azuis, quase como um humano que tivesse sido atropelado por um caminhão, incendiado, etc,etc,etc, pedalando um veiculo de 2 rodas passava apressado. Uma criatura enrugada de cabelos prateados, usando uma vestimenta bizarra, com cores berrantes, verde e laranja, e grandes brincos e colares pendurados, segurando alguma espécie objecto flamejante muito perigoso, provavelmente usado para se proteger de criminosos e/ou bestas selvagens. Um pequeno animal, uma criatura branca, pomposa e estranha, passa pela calçada deixando suas fezes e urina por toda rua, e se aproxima da pequena criatura enrugada. Ela leva o seu objecto flamejante ate a boca, suga o objecto flamejante e expele uma fumaça tóxica no rosto do pobre animal, que se contorce e cai morto.
Mais a frente na rua, 3 Ghartashhinianos estão deitados na calçada, os corpos moles e inertes, as bocas abertas e uma baba verde e viscosa escorrendo das suas bocas.
Subitamente houve uma explosão. Foi assustador para os Ghartashhinianos. Especialmente porque era manha. Uma manha de domingo. Nada acontece numa manhã de domingo em Ghartashh Beta Alfa Ómega 3. Nunca. Muito menos uma explosão em plena av. 1 com a rua 1 na cidade 1. Menos ainda varias explosões. E incrivelmente, contrariando todas as espectativas, era o que acontecia naquela manha em Ghartashh Beta Alfa Ómega 3. Varias bombas explodiram, subitamente. Um Ghartashhiniano pedalando um veiculo de 2 rodas foi atingido em cheio por uma das bombas, e pedaços seus voaram da av. 1 até a av.37,8 a quase 37parsecs de distancia!!! Uma pequena e simpática senhora Ghartashhiniana quase foi atingida por duas, mas no momento em que ela viu, do outro lado da rua, o garoto Ghartashhiniano ser atingido por uma bomba na cabeça, ela se sentiu terrivelmente ameaçada, e como todos os Ghartashhinianos que se sentem ameaçados, ela se viu obrigada a realizar a antiga dança ritual da proteção e adulação a Zarcom. Ela olhou para os lados freneticamente, abaixou, pós as mãos na cabeça. Então parou... se jogou no chão, de barriga para cima. Olhou novamente para todos os lados. Levantou e sai correndo de um pulo, desesperadamente, no momento em que uma bomba, não duas bombas, caiam onde ela havia estado há um segundo.

No alto dos céus de Ghartashh Beta Alfa Ómega 3 uma nave voava, desesperadamente, de encontro ao espaço. Seu trabalho, que geralmente era tão fácil, ate monótono, no momento era dificultado por 3 naves que voavam em seu encalço atirando mísseis e raios laser e gritavam ao radio repetidamente “-ENCOSTE NO MEIO FIO”. A nave, uma nave classic charuto NR3 padrão, que como todas as naves classic charuto NR3 padrão, parecia mais com um cigarro do que com um charuto. Essa nave em especial, parecia mais ainda, talvez até com um baseado, daqueles mal apertados, com um lado maior que o outro, com aquela cara de que a qualquer momento pode explodir, seja em qual for o lado que você decida fumá-lo. No caso o baseado, não a nave. Geralmente não é saudável fumar uma nave, mas imagino que na verdade seria até possível fuma-la, porque todas as naves classic charuto NR3 eram feitos da fibra de cânhamo e apesar de todo o plástico usado no processo de criação da liga, ainda assim a nave, se desbelotada da forma correta (ainda que ninguém tenha tentado ainda) poderia produzir um baseado. Da pior qualidade, sem duvida, mas ainda assim um baseado, o que em certas ocasiões é melhor do que nada.

Era isso que Zargatantan Finarfinfant Zigutatatatic pensava, enquanto acendia um baseado sentado em sua poltrona de capitão da sua nave. Na verdade a nave não era sua, mas ele achava que era. Na maioria dos lugares o nome disso é roubo. Mas os Ghartashhinianos ha muitos séculos não tinham uma palavra para roubo em sua língua natal. Povinho estranho esse de Ghartashh Beta Alfa Ómega 3. Haviam abolido o sistema prisional, e suas leis se resumiam a parte enfadonha de questões matrimonias e divisões de heranças. Não havia mais nada sobre crimes. Assassinato. Roubo. Frade. Corrupção. Tudo issu havia sumido a muita da cultura de Ghartashh Beta Alfa Omega 3.
Até exatos 222 ciclos lunares atrás, quando nasceu Zargatantan Finarfinfant Zigutatatatic, ou como seus amigos mais próximos o chamavam Ztantan. Ztantan não era realmente mal. Apenas desprovido de escrúpulos e incapaz de sentir qualquer tipo de empatia real. Ou as vezes até sentia. , mas no fim decidia-se por dizer- FODA-SE. Como agora! Viu uma chance e a agarrou. Não pensou nas conseqüências. Soube que ela ia estar na exposição mundial em Jhatrekfet, roubou a nave novinha do seu tio Fargatantan e voou direto para lá. E agora se encontrava na maior encrenca da sua vida, mas não estava nem um pouco preocupado.
“Háhahaha! Como foi fácil rouba-la!! Os Ghartashhinianos realmente são muito burros!! Eu nunca mais vou poder voltar ao meu planeta, pois dessa vez me superei... não serei perdoado... O negocio é esperar em algum planeta tranqüilo a poeira abaixar... então vende-lo.... hahaha e ai é só aproveitar o resto dos meus dias nas praias de Visshyn ou nas luas de Calysbyt.” E tudo isso por causa de uma coisa tão pequena e simples.
Então Ztantan deu uns puxões no seu baseado olhando para a tela principal da nave, onde no momento passava o noticiário local. Por um segundo pensou se deveria parar de fumar e começar a mexer freneticamente nos controles de bordo, fingindo fazer cálculos complicadíssimos que decidiriam o destino da sua vida. Mas não valia a pena. O computador ia realizar todos os cálculos sozinhos mesmo, e não tinha ninguém para observá-lo. Deu mais um puxão no baseado.
–Opa, os Hartes venceram o jogo por 32 a 0. Uhuuu!!!
Enquanto comemorava a vitória do seu time de coração, uma grande explosão ocorreu na parte de trás da nave, sacudindo tudo e fazendo Ztantan cair da cadeira de capitão ( nome bobo... a nave só tem uma poltrona). Bruururprururkkikikiki E a nave começou a desacelerar.... Não devíamos estar entrando no hiperespaço?
- Computador?
- Sim capitão?
- Estamos parando?
- Não, senhor! Apenas diminuindo.
- Diminuindo? Isso é normal? Não deveríamos estar aumentando a velocidade para entrar no hyperspaço?
- O senhor esta correto, deveríamos esta aumentando a velocidade.
- E então?
- Fomos atingidos senhor, sofri uma grave avaria.
- Então não podemos sair daqui?
- Claro que podemos senhor!
- Então vamos! Tire-nos daqui.
- No momento não posso senhor!
- Porque? Eles nos pegaram com raio trator?
- Não, as naves hostis se encontram a 23,67 segundos do ponto onde poderão utilizar o raio trator!
- Nave!! Porque você não nos tira daqui.
- Preciso de tempo senhor!
- Droga!! O motor foi atingido??
- Não senhor! Na verdade o motor esta intacto. Nosso superhipermegaultracompacto-computador central que foi atingido. Não conseguimos realizar o calculo necessário para atingir o destino estabelecido na rota. Preciso de tempo.
- Merda de maquina estupida!! Quanto tempo?
- Aproxmadamente 234, 87 segundos.
- Nave, nos não temos esse tempo todo!! Por Zarquon, nos tire daqui agora!
- Mas senhor... ainda não terminei os calculos para entrar no Hiperespaço. Se iniciar a seguencia de entrada agora, corrreremos muitos riscos.
- Nave, não importa os riscos, temos que sair daqui agora, ou passarei o resto da minha vida em uma prisão galatica!! E voce sera manda para um ferro velho!!
- Ghasssrhhh... será que fariam isso comigo?
- É claro que fariam sua nave estupida!! Eu me encarrego disso.
- Então iniciarei a seguencia de entrada no Hiperespaço, mesmo como todos os riscos.
- Isso.
- E para onde vamos senho?
- Aiaiai. Nave, siga a rota. Vamos para as prais de Vyascha.
- Mas senhor como te disse nao consegui realizar os cauculos. Falta um numero de dois digitos para iniciar a seguencia de lançamento.
- Dois digitos?
- Isso.
- Só dois digitos?
- Só.
- E quanto segundos ainda temos antes das naves nos alcançarem?
- Exatos 14, 32 segundos senhor.
- Então poe ai logo... 22.
- 22 senhor?
- Isso nave, vamos embora daqui, depressa.
- Certo senhor, mas voce entende que podemos ir parar em qualquer lugar?
- Certo nave, só peloamordezarcon me tire daqui, sim?
- Certo... voce disse 22 não?
- Sim nave maldita.
- Não prefere o 45?
- Ai meu saco....
- Ou 87 ?
- EU DISSE 22 NAVE!! 22 !!!
- Tem certeza que não quer mudar então?
- Tenho!! Ou melhor não importa!! poe qualque coisa ai!! Só nos tire daqui rápido!!!
- O senhor quer que eu coloque o 22 ou nao? Fiquei confuso? Por favor senhor, tem que decidir rápido antes que as naves nos alcancem... só temos 3,45 segundos.
- 87!! 87!! Que seja!! - gritou desesperadamente Ztantan, quase tendo um ataque cardíaco.


E um segundo depois houve um estalo, seguido de outro pipoco, e no momento seguinte parecia haver duzias e duzias de pacotes de pipocas estourando no micro ondas do universo. A nave partiu e Ztantan se viu em um sistema solar no canto mais remoto e insignificante do universo. Desligou os alto-falantes da nave e acendeu a sua pequena ponta, pensando em qual seria seu próximo passo.

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