sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Esses dias me assustei,
Com o pessimismo sincero de um jovem poeta,
Que outrora viu beleza em toda parte,
Que sentiu afeto por toda humanidade,
Que amou como só um jovem poeta sabe...

Agora não há mais a graça em seu andar,
A alegria na sua rizada,
O brilho nos seus olhos, próprio dos jovens esperançosos,
Nem a felicidade de suas graças, suas piadas...

As mazelas que todos ignoram,
Doeram-lhe tanto
Que lhe marcaram a alma
E ele não acredita mais em soluções
Nem em milagres

Afinal não a milagre que possa mudar a nossa política,
Que só trás morte, dor e miséria para todo o povo...
E que solução há para guerra civil no Rio de Janeiro,
Onde nem há “guerra”, apesar,
De morrerem 20.000 em 1.000 dias,
Não a pesar...
Só o do coração do jovem poeta...
Que não acredita em milagre para o aquecimento global,
Não acredita na queda dos fanáticos fundamentalistas,
Osama, Bush, Kaka e Edir Macedo, (farinha do mesmo saco)
Pois tanta gente os ama e admira...
E darão suas vidas por eles...
Esses bastardos sem alma,
Cada um pensando no seu deus frio e vingativo...
Falam de amor mais não sabem como tratar uma mulher...
E todos estão machucados e surdos...
A ração diária de dor e prazer é mais que o suficiente para o povo...

Mas e a poesia?
Onde?
Nos filmes que só mostram guerra, dor, de formas cada dia mais refinadas?
Nos jornais que mostram as mazelas de nossos irmãos,
Como se não tivéssemos nada com isso,
E insultam a nossa inteligência,
Ou a falta dela?
Onde?
O poeta teme não ter,
Esse belo mundo para lhe ajudar a escrever
E lhe aliviar a alma...
Porque em um mundo sem flores,
Sem rios, sem florestas,
Sem ouvidos...
De que serve o poeta?
Vai dirigir um ônibus?
Puxar uma manivela?
Não, o poeta morre,
De desgosto....

2 comentários:

viviniteroi disse...

As Almas dos poetas morrem...mas ressucitam com os versos criados por outros poetas...é só ler a sua poesia...

Betina disse...

pra alguém nao dizer que eu nao venho aqui =~]