terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Falta ar

E simplesmente a garganta fecha
Falta ar, as pernas não querem andar,
A cabeça, nem se fala,
Não sei se posso dizer que pensa ainda...
Cada memória é um arranhão,
Dor...
Do peito se espalha pelo corpo,
Sobe para a cabeça,
Desce para o estomago,
E não passa...
Nunca passa...

O tempo passa...
Mas a dor não...
Logo os dias viram semanas,
Semanas viram meses que viram anos...
E então passa uma vida...
E o único sentido é fugir de mim mesmo
O mais rápido possível,
De preferência agora...

Tenho horror de estar cumprindo meu destino...
Mais horror ainda de não estar.
Todos os dias, olhando varias vezes o espelho,
Com aquele medo que ninguém entende,
De um dia talvez, ver a mim mesmo...

Pra sobreviver vou escrevendo,
O pouco que sai,
Ajuda o muito que fica aqui dentro a não me matar...
Depois de tudo isso... acho que agora,
Por uns cinco minutos ao menos vou respirar...

1 comentários:

Drix Brites disse...

ufa, que alívio, hein.. escrever é uma das melhores maneiras de desabafar... eu que o diga.. :)